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sábado, 17 de dezembro de 2011

Break down




Eu, aqui, sentada com meu café, não consigo sentir mais nada do que raiva por você, se isso por si só, não fosse mentira. Vejamos quais motivos não me levariam à raiva:
1º – Você tem uma namorada. Claro, eu sempre soube e isso nunca me incomodou. Nunca mesmo, já que sempre fomos bons amigos, até que você meteu os pés pelas mãos. Aliás, meteu os pés por tudo. Porque? O que você ganharia com isso?
2º – E, continuando o pensamento acima, a distância sempre foi um grande empecilho, mas ela nunca pesou tanto como quando você, ao me ver prestes a querer me doar aos braços de outro, ousou começar me furtar aos poucos, como se pescasse um peixe. Como um peixe ao ver o alimento fácil, me levei... Esqueci a distância, esqueci a outra, só via suas palavras fáceis,
Era isso que você queria? Me ver sentadinha em uma cadeira, esperando você desocupar à cama?
Agora você me deixa aqui? Fácil! Fácil assim!?
Antoine de Saint-Exupéry, o homem que escreveu “Pequeno Príncipe”, já que você nunca deve ter ouvido falar, dizia nesse mesmo livro que “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. “, assim você fez comigo, uma flor que não vai ser regada.
Já fiquei seca e amarga por muito tempo, mas eu tenho minha parte de culpa nisso, mas você tem a sua agora. Pense no meu lado, egoísta! Amizade sempre foi uma forma de amor, você deveria ter se conformado com isso, e eu quero poder aguentar bem a transformação da minha amizade por você: amor é um sentimento responsável demais.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Passos incontáveis



Às vezes o que sinto por ti, me traz a sensação do vento batendo em meu corpo, eu de braços abertos.
De olhos fechados... Eu vejo teu sorriso, eu vejo teu olhar, mas só assim, de olhos fechados.
Pegastes minha mão sem pegar, eu senti, sem sentir. Olhaste me com teus olhos, distantes dos meus. Eu entendi: mudou! Mas e agora que te quero incondicionalmente, o que fará?
Me deixarás aqui sonhando com teu toque verdadeiro? Deixará por conta do vento o que os passos incontáveis não te deixam fazer? E, eu direi ao ar os milhares de “te amo” que os mesmos passos te privam de ouvir?
Me toma! Me faz ir... Te faz vir... Assim, fácil! Só me toma! Coloca os cinco dedos da direita e os cinco da esquerda nesse corpo preso aqui, que te pertence, Toca os lábios que a distância te faz esnobar. Esnobar? Não. nunca!

sábado, 19 de novembro de 2011

Pedra

"Meu coração é feito pedra. Por vezes não mais que uma pedra de gelo ao sol"

Paradise Panthera



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Eu só preciso saber respirar



Eu odeio o amor.
Não preciso de ninguém pra viver,
Eu só preciso saber respirar.
Inspira. Expira. O suficiente!
O tal amor é uma faca,
Que a cada palavra de afeto enfiamos mais fundo.
Crava! Crava! – Diz o amor.

Paradise Panthera

Não desmintas jamais




Eu não queria,
Juro que não queria!
Mas tuas palavras me foram certeiras.
E se for mais uma de tuas brincadeiras,
Não desmintas jamais.

Paradise Panthera




sábado, 5 de novembro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Esses teus olhos



Esses olhos que me olham de soslaio
E me causam vulcões ferventes por arrepios
Que me percorrem como trovões
Ai, esses teus olhos, que quando não me olham,
Afogam-me em desilusões,
Mas se me olham, entorpeço fulminada por um trovão:
A luz desses teus olhos.

Paradise Panthera

domingo, 9 de outubro de 2011

Veterana de Guerra


"Hoje caloura, amanhã veterana de guerra. Não mostro as tatuagens dos meus portos, nem divido os vinhos das minhas guerras."

Paradise Panthera 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Odiando Adjetivos


Odeio, odeio, odeio Leitura e Produção Textual.
Alguém do fundo da turma diria que odiar não é concreto. Nada é concreto pra turma do inferno. Nada! Nada!
Eles são como namorados dizendo que “eu te amo” não é suficiente, e completam com “eu quero uma prova desse amor”.
Ao entrar na sala vemos os carrascos sentados afiando os machados em suas bocas. Quem será o primeiro a ter sua cabeça decepada?
O professor diz “Acalmem-se! Todos serão decepados um dia!” enquanto seu sorriso diz: Que tal hoje?
E assim ocorre ao primeiro adjetivo lido. Os indicadores cumprem sua função apontando o culpado do crime imperdoável, o leproso dos adjetivos.
Caralho! Para que existem os adjetivos se não devemos usar tal artificio?
Todos os livros devem ser queimados e seu autores amarados à fogueira como Joanas d’Arc da causa: adjetivos e mais adjetivos.
Agora temos um prisioneiro, o juiz lê a sentença: Você abriu muitas janelas, é seu único direito se jogar por elas. Ele pisa, humilha enquanto os outros preparam as mãos sobre seus sabres de luz.
Eu, um ser cheio de adjetivos, escorrego pela cadeira, como um soldado que vai a guerra erguendo bandeiras que não são suas, ferindo e alvejando com os tiros da minha boca.
A razão pra que esses crimes continuem é que isto serve para o crescimento, a humilhação serve o crescimento. Criticar é bom!
(Bom não é concreto, é adjetivo. Adjetivos são relativos. O que é bom pra mim pode não ser pra você!)
Não, criticar não é bom, se fosse se chamava elogio.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011