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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Odiando Adjetivos


Odeio, odeio, odeio Leitura e Produção Textual.
Alguém do fundo da turma diria que odiar não é concreto. Nada é concreto pra turma do inferno. Nada! Nada!
Eles são como namorados dizendo que “eu te amo” não é suficiente, e completam com “eu quero uma prova desse amor”.
Ao entrar na sala vemos os carrascos sentados afiando os machados em suas bocas. Quem será o primeiro a ter sua cabeça decepada?
O professor diz “Acalmem-se! Todos serão decepados um dia!” enquanto seu sorriso diz: Que tal hoje?
E assim ocorre ao primeiro adjetivo lido. Os indicadores cumprem sua função apontando o culpado do crime imperdoável, o leproso dos adjetivos.
Caralho! Para que existem os adjetivos se não devemos usar tal artificio?
Todos os livros devem ser queimados e seu autores amarados à fogueira como Joanas d’Arc da causa: adjetivos e mais adjetivos.
Agora temos um prisioneiro, o juiz lê a sentença: Você abriu muitas janelas, é seu único direito se jogar por elas. Ele pisa, humilha enquanto os outros preparam as mãos sobre seus sabres de luz.
Eu, um ser cheio de adjetivos, escorrego pela cadeira, como um soldado que vai a guerra erguendo bandeiras que não são suas, ferindo e alvejando com os tiros da minha boca.
A razão pra que esses crimes continuem é que isto serve para o crescimento, a humilhação serve o crescimento. Criticar é bom!
(Bom não é concreto, é adjetivo. Adjetivos são relativos. O que é bom pra mim pode não ser pra você!)
Não, criticar não é bom, se fosse se chamava elogio.

4 comentários:

  1. Acho que faltou concretude... Mas aparentemente tem unidade temática hahahhahahaha
    Não me mata

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  2. O que o autor diz sobre a turma do inferno?

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  3. Eu usei a concretude pra outra coisa, já que ela é muito concreta!

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